Balada da Chuva
Poema e voz de Euclides Cavaco
Do céu cai a chuva fria
Quer de noite quer de dia
No triste Inverno cinzento
Fazendo correr as águas
Como lágrimas de mágoas
Sempre em constante lamento.
Chuva de Inverno gelada
Que p´la roupa repassada
Atinge a pele pungente
Daqueles que sem abrigo
A sofrem como castigo
Em cadência permanente
O mundo era mais perfeito
Se não houvesse o despeito
Da chuva que atropela
Em vez de nos agredir
Só deveria cair
Onde alguém precisa dela.
Com seus caprichos e bruma
A chuva, é apenas uma
Prova, de toda a grandeza
Que transcende o nosso ser
E nos limita entender
Mistérios da Natureza !…
Autor: Euclides Cavaco