SERENO ALENTEJO
Poema e voz de Euclides Cavaco
Meu Alentejo sereno
Solo do fraternidade
Dum povo calmo e ameno
Que tanto preza a amizade.
Tu és a Terra do pão
E das espigas douradas
Vindas do agreste chão
Que com suor são regadas.
Alentejo onde a paisagem
Se perde nos horizontes
Deixando em nós a imagem
Dos prados e brancos montes.
Terra onde o Povo canta
Às vezes em solidão
Só p’ra calar na garganta
As penas do coração.
Alentejo onde a maldade
Leva mais tempo a chegar
Nunca a desumanidade
Nas Gentes marcou lugar.
Terra de Gente fagueira
Sábia mas recatada …
Que à sombra duma azinheira
Fez o canto da alvorada !…